sábado, 29 de maio de 2010

Super-heróis cafonas.

Estava pensando em escrever uma história onde o vilão vence. Quero dizer, por que eles nunca vencem? Eles sempre têm os planos mais infalíveis e beeem melhores do que esses mocinhos que acham que sabem de alguma coisa. Ah, vai, eles não sabem como é difícil ser vilão, sempre levar a culpa por tudo. "Oh, quem destruiu o mundo?", outro responde: "só pode ter sido aquele vilão ali". Até em novela, pelo quê ouvi dizer (porque eu não assisto), os e as vilãs NUNCA vencem. Mas isso é uma droga, não acha? Acho que isso só muda na vida real, onde os caras que fazem merda por ai não vão para a prisão, ou vão, ficam 3 meses e saem porque ainda não foram sentenciados. É, ser vilão no Brasil é bom. Por aqui os vilões tão sempre vencendo. Mas por que eu tenho a sensação de que essa história não vai ter um final feliz? Talvez porque o vilão não se importa com mais ninguém? Ou ele se importava, mas passou a perceber que os outros não valem a pena, na verdade. Eles pensam, mas eles já fizeram o suficiente, e não conseguiram mudar nada para melhor. Aliás, todo mundo se acha santo. São todos santos, e o vilão é o único ruim nesse quadrinho. Ele paga o pato por todo mundo e é isso ai. Pois vai ser diferente e um dia ele vai vencer, no final eles vão sempre vencer, porque eles são mais espertos e mais malvados. Ou porque eles já estão tão fodidos por dentro que nem faz tanta diferença assim se as coisas só dão errado... O que eu quero dizer é que devemos passar a pensar mais em nossos objetivos. De que adianta ter tantas pretensões se no fundo, bem no fundo, você só paga uma de mocinho? As pessoas precisam perceber que elas são as vilãs. E que elas não vão vencer.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O que elas querem

Difícil dizer o que uma mulher quer.
Uma barbie cara quando se tem 8 anos, um bichinho de pelúcia quando se tem 10, um casamento perfeito quando se tem 11, um namoradinho mais que perfeito quando se tem 12, um psicólogo quando se tem 13, uma namoradinha linda quando se tem 14, uma revista pornográfica quando se tem 15, um bocado de chocolate em toda a vida...

A mulher, quando de TPM, é capaz de matar. E pela lei, ela não seria sentenciada como culpada, pois ela simplesmente perde o controle naqueles dez dias do mês. Dez dias que parecem intermináveis, agravantes, loucos e quase insuportáveis, tanto para a própria pessoa, quanto para os outros.

A TPM tem cura? Claro que não. O que pode ser feito, além de amarrar sua amiga/mãe/irmã/amada em algum poste na rua para evitar que ela morda? Eu admito que eu sou um monstro de TPM, mas é totalmente involuntário. Uma hora estou feliz e sorridente, outra estou raivosa, chorona e quase arrancando os braços de algum fulaninho ai.

Agora, além da TPM, o que faz uma mulher ficar com ódio do mundo? A tampa do vaso pra cima, cabelo na pia do banheiro, sabão no ralo da pia da cozinha, roupa estendida no varal quando tá chovendo, desodorante no fim, cabelo indomável, BG maldito do blog... Isso é o que me irrita, na verdade.

Difícil dizer o que uma mulher quer.
Será mesmo só o material e o ficcional? Aquele namorado que você logo desistiu, aquela namorada que você ainda sonha em ter, aquela casa próxima à linha amarela do metrô, aquele emprego com um escritório só para você, seu livro nas prateleiras mais próximas, um gatinho preto fofo te esperando junto à janela de casa, aquele sapato lindo de camurça daquela loja super cara da esquina.

Não. O que uma mulher realmente quer é ser entendida, ser amada, ser compreendida, ser ouvida e não só escutada, ser vista e não só observada, receber um sorriso de volta e não só um assentimento.

Coisas simples da vida. Coisas que elas querem.