quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nervoso.

Blé, ontem nem consegui postar nada aqui, como sempre. Não pude entrar na internet aqui em casa e nem na Biblioteca, porque nem cheguei a ir até lá, começou a chover e você sabe como eu amo meu cabelo. Fora que tava um frio de coisa naquela hora do intervalo e a esperta aqui não leva a blusa justo nesse dia. Precisei ficar sentadinha, quietinha, abraçada em mim mesma, qualquer movimento seria arriscado.

Quietinha mesmo, nem sei por que, mas eu estava realmente down. Com certeza deve ser a TPM, tá nos dias, mas sabe como é, é legal pensar que pode ser uma irritação vinda de forças maiores, ou como a lua está alinhada... Ai, caramba, eu viajo.
Eu só sei que eu estava muito down. Cheguei na escola em cima da hora, de novo, e estava atrasada para encontrar as meninas no metrô. Supõe-se que eu as encontre todo dia, mas eu sou realmente devagar de manhã, ainda mais na hora de caminhar até a estação mais próxima daqui, demora 15 minutos... E eu odeio ir suando pra escola, se não, eu tomo banho pra quê?!

Acomodei-me num canto bem isolado do resto das meninas (tá, era o único lugar vago), e foi bem propício só para aumentar minha vontade de ficar mais na minha. Eram duas aulas de inglês, portanto abri meu livro do Eldest e voltei a ler, como faço todos os dias. Nem percebi o tempo passando. Só voltei a mim quando o professor entregou minha prova, um MB, fiquei aliviada.

Sai daquela aula entediante e fui pra português. Era na sala de vídeo, assistimos uns slides sobre literatura, eu estava quietinha, longe das meninas ainda, começou a chover, distrai, fiquei pensando, nenhuma vontade de sorrir queria aparecer em mim.

Intervalo. Sentei com as meninas, nem sei por que, ficou aquele silêncio que 'adoro', macabro, chato. Ninguém queria falar nada mesmo, pelo jeito, não era só eu. E minha amiga, aquela mesmo, sempre me dando a sensação de que no fundo ela me odeia, eu nem sei por que eu sinto isso.

Depois de comer, o que não melhorou meu humor, fomos pra duas aulas de matemática. Assisti bem na minha, fazendo só algumas anotações, eu estava cansada, nada a fim de continuar ali. Eu queria fugir, como sempre. E na hora de ir embora, dei uma perdida no banheiro, ajeitei meu cabelo, reparei como estou realmente gorda, suspirei, desci os quatro lances de escada e segui pro metrô sozinha, até que feliz por aquela solidão temporária, ninguém pra ficar perguntando se eu estava bem.

Li meu livro. Nossa, que vida emocionante.

Mas pelo menos quando cheguei no espanhol soube que aquele 'mal-humor' não duraria muito, não com as meninas de lá, que estão sempre falando besteira e rindo da minha cara. Eu sou a mais palhaça do grupo. Agora que estou no último semestre começo a perceber como vou sentir falta de perder duas tardes da semana pra aprender uma língua que a princípio eu não gostava, alias, odiava, e que agora eu falo até que bem. Fiquei orgulhosa com meu 10 no teste oral.

Vi minha namorada perfeita, fiquei feliz, sabe, pensei que não fosse conseguir, mas aquela grade maldita que separa o espanhol do colégio dela me mata! Eu a vejo e dá uma vontade de poder abracá-la, sentir seu cheito de pertinho, hmmmmm... E olhar fundo nos seus olhos, quando fiz no nosso primeiro beijo, quando convenci-a a ficar comigo. Aquele dia gelado de festa, escuro e eu tremendo, não sei por qual motivo. Mas era de nervoso, eu estava agasalhada.
E toda vez que eu ainda vou encostar meus lábios nos dela ainda sinto aquele frio na barriga, como uma criança de dez anos que não sabe qual será a reação do outro. Eu sinto que devo agradá-la, e eu estou tão longe...

Eu sou uma péssima namorada.

Vamos fazer 7 meses já, DELS! Nunca fiquei tanto tempo com uma pessoa só, apesar de ter sido um tempo louco, confuso, ela namorou nesse meio tempo, eu fiquei, aproveitei a vida (lalala), mas no fundo a gente sempre esteve junto, eu sabia que íamos acabar consentindo em dizer que somos nada mais, nada menos que namoradas. Chega até a ser engraçado, ela, tão heterozinha certinha, e eu, toda rebelde, como consegui fazer sua cabeça? Nem gosto de pensar nisso, me faz voltar naquele mês de outubro, e é tenebroso lembrar de tudo que arrisquei por ela.

Mas tenho certeza que fiz a coisa certa.

Voltando...
E, como previsto, sai da aula rindo até doer o estômago.

"Voa, voa..."

Cheguei em casa com indícios de dor de cabeça, idiota, tinha de esquecer a blusa! Mas não deixei levar, tomei um banho quente, comi (pouco, estou de dieta, preciso perder peso até chegar o acampamento em julho!) e fiz minha lição de casa. Que é o que eu deveria estar fazendo agora também, ou pelo menos terminando. Cara, eu falo demais, sério. Até parece que alguém vai ler isso aqui, uh. Se você leu, deixa um comentário pra mim, por favor :D Alegre meu dia mais uma vez...

E "voa, voa...".