sábado, 25 de setembro de 2010

Rapsódia, também.

Suspirava lentamente ao ficar observando o fundo olhar da amada, o sorriso deslumbrante. Da sala de estar conseguia escutar o noticiário: "e em Santa Cararina...". Logo adicionada ela mesma: "ela está, e um dia eu irei encontrá-la", ao mesmo tempo em que a TV era abafada por algum barulho vindo da cozinha. Adicionou algumas vírgulas ao texto que redigia e se pegou fungando ao parar para observar novamente a maneira como a amada mexia nos cabelos. Ali estava sua bela rapsódia, totalmente fora do papel.
Como gostaria de poder tocá-la agora.